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Foto do escritorJuliana Tokita

Sobre empoderamento: uma trajetória (nem sempre) consciente

Hoje inicio a narrativa de uma jornada subjetiva de registro do meu processo de empoderamento feminino por meio deste blog. Venho aqui escrever, mas além disso, refletir sobre a longa caminhada de se entender como agente de sua história. Perceber que nossas escolhas, podem até parecer inconscientes em princípio, são reflexos de nossas leituras de mundo, nossas experiências e desejos, significa o início da jornada de empoderamento. Cada vez que decidimos por algo, seja um trabalho, o curso de sua faculdade, seu companheiro de vida, o que comprar no mercado, se devo ou não ir na academia enfim, qualquer escolha que seja, estamos escrevendo a nossa história de vida na terra. Diariamente optamos ser o que somos, continuar ou mudar, ir ou ficar. O que você escolhe para você hoje?

Escolher não é tarefa fácil. Cada escolha remete uma renúncia. É aí que mora o problema. Não queremos renunciar àquilo que não sabemos se pode vir a se tornar um arrependimento mais tarde. Entretanto, estar ciente de que escolher é um ato quase político, uma habilidade de demonstrar seu poder diante de sua própria vida, sua decisão de como se colocar no mundo, isso é empoderamento.

Ser agente, de acordo com a teoria feminista e teorias referentes ao oprimido, é ser capaz de "agir sobre as circunstâncias históricas e sobre os eventos ou com a própria autonomia ou na medida que o campo ideológico em que se opera potencializa as atividades da pessoa. O antônimo é a tradição da passividade, comodismo e, impotência diante do patriarcalismo." (BONNICI, T. Teoria e Crítica Literária Feminista: Conceitos e Tendências. Maringá: Eduem,2007.)

A agência é um artifício poderosíssimo quando colocado nas práticas conscientes de nossas escolhas. Estar desperto e lúcido perante o leque de opções que o universo nos proporciona nos abre portais de infinitas possibilidades para o mundo fantástico em que vivemos.

Mas isso não acontece do dia para a noite. É um processo que se inicia na escuridão. Muitas vezes tomamos decisões sem pensar sobre elas. Fazemos porque temos que. A vida nos impõe opções e muitas vezes vamos seguindo o fluxo sem pensar ou analisar. Há pessoas que passam uma vida inteira sem refletir sobre seus porquês. E não há nada de errado nisso. Não existe jeito certo ou errado de se viver. Contudo, estar desperto para a breve dança que é a sua existência neste plano é um recurso incrivelmente satisfatório.

Meu despertar consciente diante da vida e das minhas escolhas é bastante recente e se trata de um processo de re-significação diário. Este blog, inclusive, faz parte deste processo.Por meio destas palavras, frases e parágrafos buscarei tentar compreender, bem como, transmitir o que é o feminismo, como me tornei uma feminista atuante, os porquês desta escolha, qual meu papel no mundo e, principalmente, ajudar, de alguma forma, pessoas a descobrirem seu poder interior.

Sendo a bela representante millennial da geração Y que sou, mais para analógica do que digital, já antecipo minhas desculpas por não dominar a arte da tecnologia com tanta maestria. Mas entendo que as ferramentas que as redes nos oferece são canais extraordinários de comunicação com todas e qualquer pessoas, portanto, aqui estou. Colocando minhas ideias na sua tela e transmitindo o pouco de conhecimento que possuo com vocês. Espero receber sugestões, comentários, críticas e fazer trocas preciosas com mentes que pensam de modo parecido ou diferente de mim.

No próximo post, contarei um pouco da minha trajetória profissional e acadêmica dentro do recorte feminista.

Que seja fértil!


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