Sou meu próprio jardim
Em mim habitam as forças da natureza.
Em mim os deuses fazem morada.
Meu corpo é um templo sagrado.
Universo mágico de energias místicas.
Minha voz é o ecoar dos saberes.
Grande mãe.
Minha intuição invoca a força celestial da mãe terra.
Meus antepassados me guiam.
Tudo o que já foi me ensina a ser.
O divinal.
O etéreo.
O imperfeito
E o vulgar.
A extraordinária força de todas as formas de vida.
Dentro de mim abrigo a energia selvagem.
O frescor dos brotos verdejantes
E a secura das folhas laranjas no outono.
Sou as estações do ano.
Meus ciclos refletem suas mudanças.
Sou o recolhimento do inverno
E a ardência do verão.
Sou lua nova: ideias, crescimento, expansão.
Na lua cheia faço feitiços de amor,
Sou poder potencializado,
Luz e magia.
Mas na imanência das coisas sou reflexão, o indesejável, energia obscura... sou lua minguante.
Sou morada dos deuses!
Nenhum mal pode me invadir!
Pelo bem eu luto
E pelo bem eu vivo.
Sou uma com a natureza da terra.
Sou filha, mãe e anciã.
Sou aquela que corre com lobos.
A louca.
Bruxa.
A Deusa.
Sábia.
A fertilidade.
A parte que te falta.
Sou eu.
Só.
Eu.
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